Em geral, os autistas apresentam algumas características específicas, como dificuldade para se comunicar de forma verbal e não verbal, falta de contato visual, isolamento social, insistência na repetição, etc. O comportamento repetitivo leva as pessoas com autismo a seguirem rotinas extremamente rígidas, podendo causar perturbações e irritações quando qualquer acontecimento impede ou modifica uma ação pré-estabelecida.
Como essa rigidez afeta o comportamento das crianças?
Além do comportamento repetitivo o autista apresenta rigidez no pensamento. Uma das áreas afetadas pela rigidez do pensamento é a imaginação, que está relacionada à criatividade do indivíduo. Geralmente, uma criança autista, por exemplo, não consegue enxergar outras formas de brincar com seu brinquedo, não entende brincadeiras simbólicas ou considera errado fazer uma sequência diferente da que está acostumada. Isso pode prejudicar o convívio com outras pessoas. Outra área afetada, que possivelmente acompanhará a criança até a vida adulta, é a dificuldade em compreender a linguagem simbólica. Expressões no sentido figurado são entendidas de forma literal.
Exemplos de comportamentos rígidos são os de empilhar ou enfileirar os brinquedos, sem aceitar variações de suas posições, ficar na mesma tela da tv, ou celular, repetindo sempre o mesmo trecho do desenho, e até mesmo, um controle muito grande sobre as pessoas que estão próximas, impedindo-as de tocar em seus brinquedos, ou de se aproximarem quando estão fazendo alguma brincadeira.
Então, como podemos trabalhar essa rigidez?
Uma das formas de se trabalhar a rigidez com a criança é entrar na brincadeira e utilizar a motivação dela para criar novas possibilidades de brincar com um determinado brinquedo. Para isso, a intervenção pode ser realizada com estratégias de dessensibilização, que é um processo sistemático e gradual, em que aos poucos se reduz a repetição das respostas indesejadas. É importante criar meios para diversificar aos poucos as brincadeiras que a criança está acostumada, fazer caminhos diferentes, mudar sequências, propor mudanças, mas sem invadir seu espaço, até que ela, por si própria, crie novas maneiras de brincar.
Possivelmente na vida adulta, a criança pode manter alguns rituais, mas aprenderá a aceitar opiniões diferentes e pensar em novos caminhos para agir e se comportar em determinadas situações.
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